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Gustavo Santos

Águas Subterrâneas: O Pilar Oculto na Luta Climática

As águas subterrâneas representam cerca de 30% da água doce disponível no planeta, fornecendo um recurso vital para mais de 2 bilhões de pessoas em todo o mundo, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU). Além de serem uma fonte crucial de água potável, essas reservas também desempenham um papel essencial na manutenção dos ecossistemas e na mitigação das mudanças climáticas, por meio de sua relação com os projetos de carbono.



Iniciativas como o REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal), que visa reduzir as emissões em até 10% globalmente até 2030, segundo a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), não apenas protegem as florestas, mas também ajudam a preservar os aquíferos subterrâneos. Estudos mostram que áreas florestais podem contribuir para até 70% da recarga dos aquíferos em regiões tropicais.


Na agricultura, práticas sustentáveis são fundamentais para a proteção das águas subterrâneas. Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), estima-se que 70% da água doce retirada no mundo seja destinada à irrigação agrícola, sendo que a adoção de técnicas de irrigação eficiente poderia reduzir esse consumo em até 30%. Em projetos de carbono, a promoção de tais práticas não só diminui as emissões de gases de efeito estufa, mas também conserva as águas subterrâneas, essenciais para a sustentabilidade das comunidades rurais.


Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), projetos de reflorestamento, que capturam aproximadamente 25% do dióxido de carbono emitido globalmente, também desempenham um papel significativo na recarga dos aquíferos. Em regiões onde a vegetação foi restaurada, a infiltração da água da chuva no solo pode aumentar em até 50%, contribuindo diretamente para a recuperação das reservas de água subterrânea.



A gestão das águas subterrâneas também é crucial em atividades industriais e de mineração, setores responsáveis por cerca de 20% das emissões de gases de efeito estufa. A contaminação desses recursos hídricos por atividades humanas pode aumentar significativamente a emissão de metano e outros gases prejudiciais, o que torna a gestão ambiental rigorosa uma prioridade em projetos de carbono. Já no setor de energia, projetos hidrelétricos, que representam cerca de 16% da produção mundial de eletricidade, também podem impactar os recursos hídricos subterrâneos. Estudos indicam que a construção de barragens pode alterar o fluxo de águas subterrâneas, destacando a necessidade de avaliações ambientais detalhadas para mitigar esses impactos.


Dado que a demanda por água deve aumentar em até 55% até 2050, segundo o Relatório Mundial das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento dos Recursos Hídricos, a proteção das águas subterrâneas torna-se cada vez mais crucial. Integrar a gestão eficiente desses recursos aos projetos de carbono não apenas contribui para a redução das emissões, mas também garante a sustentabilidade dos recursos hídricos para as próximas gerações.


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