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Foto do escritorLuciane Brum

Recorde: Os oceanos atingem a temperatura mais alta já registrada devido às mudanças climáticas.

Atualizado: 30 de ago. de 2023


Novos dados revelaram uma preocupante realidade para o nosso planeta: os oceanos alcançaram a temperatura mais alta já registrada, trazendo implicações sombrias para o meio ambiente e a vida marinha. De acordo com a Copernicus, agência de mudanças climáticas da União Europeia, a temperatura média diária global da superfície do mar atingiu 20,96ºC nesta semana, superando o recorde anterior de 2016. Essa temperatura é muito acima da média para esta época do ano.



Os oceanos são componentes essenciais para a regulação do clima do planeta. Eles desempenham um papel crucial na absorção de calor, produzindo metade do oxigênio da Terra e controlando os padrões climáticos. Porém, as águas mais quentes apresentam menos capacidade de absorver dióxido de carbono da atmosfera, o que resulta em um aumento no aquecimento global. Além disso, o aumento da concentração de gases na atmosfera contribui para o derretimento acelerado das geleiras, resultando em um aumento do nível do mar.


Os impactos das águas mais quentes e ondas de calor são evidentes na vida marinha, afetando espécies como peixes e baleias que migram para águas mais frias, alterando a cadeia alimentar marítima. O aumento da temperatura também pode tornar alguns animais predadores, como os tubarões, mais agressivos devido à confusão causada pelas temperaturas mais altas.


Infelizmente, a situação dos oceanos é ainda mais alarmante. Há um branqueamento generalizado de corais em recifes rasos na Flórida e muitos corais já morreram devido à onda de calor marinha monitorada pela Administração Oceânica e Atmosférica Nacional. Os cientistas alertam que estamos colocando os oceanos sob mais estresse do que em qualquer outro momento da história, com a poluição e a pesca excessiva também contribuindo para esses impactos.


As mudanças climáticas estão diretamente relacionadas ao aquecimento dos oceanos, uma vez que os mares absorvem a maior parte do calor proveniente das emissões de gases de efeito estufa. Quanto mais combustíveis fósseis queimamos, mais calor é absorvido pelos oceanos, tornando o processo de estabilização e resfriamento mais demorado.


Além disso, o recorde atual de temperatura média supera o registrado em 2016, quando o fenômeno climático El Niño estava em seu ponto mais forte, elevando as temperaturas globais. Atualmente, outro El Niño está em curso, e os cientistas preveem que as temperaturas do oceano aumentarão ainda mais nos próximos meses.


As ondas de calor marinhas estão ocorrendo em locais incomuns e com maior frequência, afetando áreas como o Reino Unido, o Atlântico Norte, o Mediterrâneo e o Golfo do México. Isso indica um cenário preocupante de aquecimento dos oceanos em todo o mundo.


Enquanto as temperaturas do ar tiveram aumentos dramáticos nos últimos anos, os oceanos demoram mais para aquecer, mas agora há sinais de que as temperaturas oceânicas estão subindo rapidamente. Os cientistas ainda estão investigando as causas exatas desse aumento acentuado em relação aos anos anteriores, mas uma teoria sugere que o calor armazenado nas profundezas do oceano está emergindo à superfície, possivelmente relacionado ao fenômeno El Niño.


É urgente que medidas efetivas sejam tomadas para combater as mudanças climáticas e reduzir as emissões de gases de efeito estufa. A preservação dos oceanos é essencial para a vida no planeta, e a conscientização sobre o impacto das atividades humanas no clima é fundamental para garantir um futuro sustentável. O registro do aumento da temperatura dos oceanos deve servir como um alerta para a importância de agir agora em prol do meio ambiente e da preservação das riquezas marinhas.



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