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Gustavo Santos

Mercado de Carbono prepara retomada bilionária em 2025

Após um período de desafios e consolidação, o mercado global de créditos de carbono projeta um novo ciclo de crescimento a partir de 2025, de acordo com um relatório recente da MSCI Carbon Markets - uma pesquisadora do mercado de crédito de carbono internacional - Com o mercado estimado em US$ 1,5 bilhão em 2024, a perspectiva é de expansão para US$ 35 bilhões até 2030 e impressionantes US$ 200 bilhões em 2050. Esses números apontam para um setor que pode se tornar central na mitigação das mudanças climáticas, caso os compromissos climáticos sejam efetivamente implementados.

 

O relatório destacou melhorias significativas na integridade e qualidade dos créditos de carbono. Em dois anos, a proporção de créditos aposentados com as menores classificações (CCC) caiu de 29% para 15%, enquanto os créditos com notas mais altas (A ou AA) dobraram, passando de 6% para 12%. Essa evolução reflete a crescente demanda por projetos de alta integridade, especialmente os que utilizam soluções baseadas na natureza para remover dióxido de carbono da atmosfera.


Mercado de Carbono pretende dar um salto impactante em 2025

 

No entanto, desafios permanecem. O estudo da MSCI revelou que até julho de 2024, quase metade (47%) dos créditos de carbono aposentados era de projetos com baixa classificação (B ou abaixo). Apesar disso, a introdução de padrões mais rigorosos, como os Princípios Básicos de Carbono do Conselho de Integridade para o Mercado de Carbono Voluntário, trouxe um impulso positivo ao setor.

 

Embora frequentemente criticado como uma ferramenta que permite às empresas compensarem emissões sem reduzir suas pegadas de carbono, os dados da MSCI sugerem o contrário. Empresas que utilizam créditos de carbono demonstraram maior transparência nas emissões e estabeleceram metas mais robustas de redução, alcançando uma redução média anual de 3,6% nas emissões diretas, mais que o dobro das empresas que não utilizam os créditos.

 

Pará: Protagonista no cenário de Créditos de Carbono

Mercado do Ver-O-Peso/Paratur

O Pará desponta como um estado estratégico neste mercado, impulsionado por sua biodiversidade única e pela realização da COP30, conhecida como a "COP da Floresta". O evento, que será sediado em Belém em 2025, deverá colocar o estado no centro das discussões climáticas globais, reforçando sua posição como uma potência em soluções baseadas na natureza. Com um território vasto e coberto por florestas, o Pará possui potencial incomparável para projetos de créditos de carbono voltados à preservação ambiental e ao reflorestamento.

 

O uso de créditos de carbono em esquemas regulatórios também tem avançado. Países como Austrália, África do Sul e Colômbia já incorporam créditos em seus programas de redução de emissões. A União Europeia, historicamente cautelosa, considera permitir créditos de remoção de dióxido de carbono em seu mercado de emissões.

 

Com uma demanda crescente e regulações mais rígidas, o mercado de créditos de carbono apresenta não apenas um caminho promissor para combater as mudanças climáticas, mas também uma oportunidade econômica global. Especialistas ressaltam, no entanto, a necessidade de garantir transparência e impacto real em projetos, evitando práticas que não resultem em benefícios ambientais concretos.

 

Para empresas brasileiras, como a Amazon Connection Carbon, sediada na Amazônia, o cenário internacional reforça a importância de adotar práticas robustas e sustentáveis que aliem proteção ambiental e crescimento econômico. A companhia já é referência em soluções como neutralização de carbono e projetos de reflorestamento, destacando-se no mercado nacional e internacionaL.

 

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