O Mecanismo de Ajuste de Carbono nas Fronteiras (CBAM, na sigla em inglês), implementado pela União Europeia, promete transformar o comércio global com foco na sustentabilidade. A medida, que já está em fase inicial, busca evitar a "fuga de carbono", quando empresas transferem suas operações para países com regulamentações ambientais mais flexíveis. O CBAM adiciona um custo extra para bens importados com alta pegada de carbono, como cimento, aço, alumínio e hidrogênio, incentivando práticas mais limpas em toda a cadeia produtiva.
Essa política já é considerada um divisor de águas na luta contra as mudanças climáticas e tem como meta reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) em 55% até 2030, além de transformar a Europa no primeiro continente neutro em carbono até 2050.
Como funciona o CBAM e quem é afetado?
A regulamentação exige que importadores de determinados bens para a União Europeia apresentem relatórios periódicos detalhando as emissões de carbono associadas aos produtos. Para continuar exportando para o bloco, empresas de países fora da UE – como o Brasil – precisarão pagar certificados que cubram o custo ambiental de suas mercadorias.
Entre os setores inicialmente impactados pelo CBAM estão:
Cimento
Aço e ferro
Alumínio
Fertilizantes
Hidrogênio
Eletricidade
Produtos originários de países que já possuem sistemas robustos de precificação de carbono – como os integrantes do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE), criado pela Lei 15.042 – podem ser isentos de algumas dessas exigências.
Impactos no Brasil e o papel do SBCE
A Lei 15.042, sancionada em 2023, criou o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões, que regula e incentiva a compra e venda de créditos de carbono no país. Essa iniciativa posiciona o Brasil como um potencial protagonista no mercado global de descarbonização. Para empresas brasileiras exportadoras, no entanto, a adaptação ao CBAM pode representar tanto um desafio quanto uma oportunidade.
O CBAM não é apenas uma barreira, mas também uma porta de entrada para empresas que adotam práticas sustentáveis. As companhias brasileiras que já investem na descarbonização terão uma vantagem competitiva.
Oportunidades para o Brasil no cenário do CBAM
Enquanto algumas empresas enfrentam dificuldades técnicas e financeiras para se adequar às novas exigências, outras enxergam o CBAM como uma oportunidade para inovar e ganhar competitividade no mercado internacional. Para isso, serviços especializados em descarbonização, como os oferecidos pela ACC, têm sido cruciais.
Desafios: Pequenas e médias empresas ainda enfrentam barreiras para calcular emissões e implementar soluções sustentáveis.
Oportunidades: Com o suporte técnico adequado, empresas brasileiras podem se posicionar como líderes em práticas ESG (ambientais, sociais e de governança) e acessar mercados globais mais exigentes.
A adoção do CBAM também incentiva investimentos em tecnologias limpas e eficiência operacional, contribuindo para o avanço da economia verde no Brasil. Segundo especialistas, o país tem um grande potencial para se beneficiar desse novo cenário graças a sua rica biodiversidade e capacidade de desenvolver projetos sustentáveis.
Como as empresas podem se preparar?
Para se adaptar ao CBAM, especialistas apontam três passos principais:
Quantificação de emissões: É essencial que as empresas conheçam a extensão de sua pegada de carbono. A ACC, por exemplo, utiliza metodologias reconhecidas globalmente, como o GHG Protocol, para realizar inventários precisos.
Neutralização de carbono: A compra de créditos de carbono certificados é uma solução prática para compensar emissões e garantir a conformidade com os requisitos internacionais.
Consultoria estratégica: Investir em uma estratégia de sustentabilidade alinhada às melhores práticas globais é um diferencial competitivo.
Um futuro sustentável à vista
O CBAM é mais do que uma nova regulamentação ambiental – é um convite à transformação econômica. A sustentabilidade não é apenas uma tendência; é o futuro. E o Brasil, com suas vastas florestas e expertise crescente em créditos de carbono, tem um papel essencial nesse cenário.
Enquanto a União Europeia avança com o CBAM, o Brasil se posiciona para liderar iniciativas globais de descarbonização, conectando inovação, sustentabilidade e desenvolvimento econômico. Para saber como sua empresa pode fazer parte dessa revolução verde, acesse Amazon Connection Carbon e inicie a transição para um futuro de baixo carbono. Conecte-se conosco:
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